domingo, 21 de fevereiro de 2016

Florzinha aos 4 anos

Minha florzinha.


Foi assim que você me pediu para ser chamada de agora em diante.

Você já tem 4 anos!

Dois anos se passaram desde a última vez que escrevi para você.
Me perdoe por essa lacuna.

Foram dois anos que sua mãe precisou ficar em silêncio, refletindo, agindo e reagindo...para que hoje pudesse vir aqui explicar algumas coisas importantes.

Primeiro quero que você entenda que toda criança nasce de um grande amor e com você não foi diferente. Eu e seu pai amamos você mais que tudo. Você é a pessoa mais importante em nossas vidas.

Quero também que você não se preocupe com a gente. Adultos são complicados. Você vai concordar comigo daqui alguns anos.

Você tem sentido alguma dificuldade de entender a dinâmica dessa sua família mutante.
Estou trabalhando para que você enxergue com naturalidade, afinal você só tem 4 anos.

Admito que no tempo que passou eu também estava tentando entender e resgatar nós três. E o que entendi disso tudo quero poder compartilhar com você. 
Estou procurando o jeito certo de falar.

Há um mês você me pediu, de uma maneira tão doce, em meio a nossas orações para dormir, que eu fizesse uma coisa pra você. E me perguntou se eu contaria para o seu pai. Sem entender direito te disse que só contaria se você quisesse. E te perguntei o que era. Você então segurou meu rosto entre as mãozinhas e disse que sim, era para eu contar a ele que você queria que ele viesse morar conosco em nossa casa… e que você também tinha um "dúvida" (usou o termo assim mesmo)...Que era pra eu perguntar porquê ele não gostava de morar com a gente.

Minha florzinha! Como foi difícil pra mim isso. Eu também tinha essa dúvida. Me perguntava isso todos os dias durante muito tempo (praticamente todos esses 4 anos). Até que tomei coragem e perguntei isso pra ele. Muito, mas muito tempo antes de você me pedir.
E ele me disse que queria sim morar com a gente. Que te ama mais que tudo, que sofre muito por morar longe de você e que sente... Mas a mamãe demorou muito pra ter esta conversa com ele. E a vida dele já tinha mudado e ele tinha feito promessas difíceis de serem desfeitas.
Eu sei que é difícil de entender, mas acredito que as pessoas precisam caminhar pelos caminhos escolhidos. Seu pai precisa viver o que vive hoje para no futuro se tornar uma pessoa melhor. Todos nós seremos melhores no futuro. A gente deve andar também pelo nosso caminho. E continuaremos nos amando.

Uma coisa que aprendi, minha florzinha, é que é melhor não tentar entender a razão de tudo que acontece na nossa vida. Não vamos tentar entender. Vamos deixar só o sentimento bom ficar dentro da gente. O papai sabe do nosso amor por ele, e ele carrega esse amor dentro dele também.

E nós dois sempre amaremos você. Isso é o que importa.

Espero que isso já esteja estabelecido dentro de você quando vir a ler isso.
Acho que já avançamos muito para você levar isso de maneira leve. Inclusive já soltou a língua...agora você disparou a falar o "r" . Tá lindo lindo de ver o seu orgulho por estar conseguindo falar corretamente!

Você sempre repete: "Prato"! ........"Pato"! .... mostrando pra gente a diferença no sentido. E sempre cai na gargalhada!

Criança feliz! Lindo de ver!

Te amo muito!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Ei Pequetita!

A vida está uma correria! Que bom! Adoro viver nessa correria com você ao meu lado!

Agora estamos numa fase em que você já entende muita coisa e passa alguns finais de semana com o seu pai. Essa é a segunda vez que você vai com ele.
Confesso que ainda estou me adaptando porque, apesar de você ter dois aninhos e cinco meses (uma mocinha!), eu ainda acho que você é um bebezinho.
Você ainda não entende porque a mamãe não vai junto, mas no futuro você vai entender que estamos fazendo o melhor pra você.

Hoje você curtiu bastante a nossa manhã de sábado, juntinhas em casa. Tive que insistir muito para que você concordasse em se aprontar para sair com o pai. Te expliquei que o papai fica com saudades de você e que esse tempo com ele é importante. Mesmo assim você fez birrinha é só aceitou entrar para o banho quando o interfone tocou. E quando eu te levei até o carro você me abraçou e disse que queria que eu fosse também...
Quero que você entenda que essa é uma coisa boa meu amor! E a mamãe vai estar sempre por perto quando você precisar. É só você chamar que eu vou correndo ao seu encontro, como sempre faço!

Esse ano começou bem agitado! Fomos a várias festas de confraternização juntas e viajamos juntas no reveillon e nas férias de janeiro para a praia!
A praia foi uma farra desde a saída no aeroporto até a chegada! Você adorou o mar! Saia correndo na areia, com uma liberdade incrível! Tudo era novidade! A cama da pousada, os cafés da manhã junto com outras pessoas com as quais você fazia questão de conversar, sentando nas mesas delas; os passeios de carro observando as paisagens novas; o avião...esse foi uma farra à parte! Sentava, abotoava o cinto sozinha e conversava com os vizinhos de poltrona. Em um dos trechos você quis ir sentada ao lado de uma moça que viajava sozinha e foi conversando com ela como se conhecesse.
Tudo foi muito bom! Mas quando chegamos em casa você correu para sua cama e brinquedos! Estava com saudades! E na manhã seguinte, estava ansiosa para ir para a escola!
Percebi que alguma coisa tinha mudado. Seu espaço...agora você está consciente de que é uma pessoinha e tem seu espaço. Tem suas vontades e se impõe diante delas...e tenta me convencer com conversas...mas também com birrinhas. Coisas de "Quilança"(criança)!

Já estou aqui morrendo de saudades de você! E só tem duas horas que você saiu...rsrsrs.
Amanhã, quando chegar, vou estar te esperando com muito amor!

Te amo muito minha Pequetita!






terça-feira, 9 de julho de 2013

Escola e casa nova

Minha princesa Cat!
Ontem foi o seu primeiro dia na escolinha.
A mãe fica com o coração pequenininho, pois é muita mudança de uma vez só na sua vida!
Você voltou para a nossa casinha! Voltamos a morar juntinhas de novo, como a mãe tinha planejado.
Você adorou a casa nova. E parece que já se adaptou, pois diminuiu bastante a "perguntação" do início. Mas até que estava divertido ouvir você apontando pra tudo que via e perguntando "que isso?" "que isso?"...
No elevador você entra e já começa a sorrir, esperando a gravação dizer "elevador descendo"...e você sempre com aquela carinha de expectativa!
Mas, voltando à escolinha...ontem, quando chegamos, você soltou da minha mão e foi logo correndo em direção às outras crianças. Mas parou e ficou olhando com uma "distância segura" toda aquela movimentação. Isso durou pouco até que começou a brincar e nem se deu conta quando eu fui embora.
Hoje, seu segundo dia, foi um pouco mais tenso. Você queria que eu ficasse na escolinha...grudou na mamãe, mas logo se distraiu de novo. Já senti que está mais feliz e mais segura. Até soltou um " amanhã volta" na hora de se despedir da professora! Linda!
E assim, e com a ajuda da semana que a vovó está dando, vamos nos adaptando de novo...
Afinal, a vida é assim mesmo, uma eterna adaptação.
Te amo, filhinha!


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Falando em coelhinhos...

Hoje foi uma segunda-feira difícil.
Todas as segundas são difíceis por deixar você, minha pequena, e saber que mais uma semana estaremos longe. Na distância física. Porque no coração tá tão pertinho...
Hoje percebi que você já sabe que depois do Domingo a noite a mamãe vem embora. Essa noite dormimos grudadinhas porque você não quis dormir no berço. Pediu pra ir pra cama da mamãe e não dormiu se eu não estivesse com a mão no seu peito.
Na hora de ir embora, você não quis se despedir. Ficou brincando, desviando a atenção da despedida. Sei que é difícil e também sei que é uma maneira de amenizar as despedidas.
Isso está acabando minha pequerrucha!
Daqui a pouco você virá com a mamãe.
É só uma fase, ok?
Nossa nova casinha está ficando pronta e tudo ficará mais fácil. Nada de trânsito, nada de vida corrida, tudo melhor!
....................................................................
Fiquei muito tempo sem escrever por falta de tempo. Mamãe está resolvendo muita coisa ao mesmo tempo. Mas hoje baixei as fotos da páscoa e lembrei dos bons momentos que passamos juntos com toda a família reunida. Você adorou!
Fez muita festa quando procurou os ovinhos de páscoa e achou coelhinhos!
Juntou todos os ovinhos e trouxe pra eu segurar pra você!
Agora todo chocolate é "bombom", independente do tamanho ou formato.
E agora você está falando quase tudo!
Cada semana me surpreendo mais com as novas palavrinhas e pequenas frases.
Esse fim de semana te perguntei onde estava o sapatinho novo e você respondeu:
"um sei"! hahahaha!
As musiquinhas você canta junto repetindo as últimas palavras de cada frase.
Coisinha mais linda! Estamos todos babando com suas meninices!
Vovô e vovó estão orgulhosos e deixam você muito a vontade. A mamãe fica muito feliz com a proximidade que vocês tem! Um alento!
 Onde está o coelhinho?
Chora não priminha!

quarta-feira, 20 de março de 2013

O grande chamado...

Hoje vi isso numa rede social, e gostaria de abrir um parêntesis na vida da Catarina pra compartilhar esse texto, tão delicado e tão verdadeiro nos sentimentos.

Enjoy it!

TEXTO MARAVILHOSO DEDICADO A TODAS AS MAMÃES E FUTURAS MAMÃES!

Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa — ela diz, meio de brincadeira. — Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde n
os finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”; que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote; que um grito urgente de “Mãe!” fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina; que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, no McDonald's, se tornará um enorme dilema; que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho; que ela a daria num segundo para salvar sua cria — mas que também começará a desejar mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias, se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que, através da história, tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender por que eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que me torno temporariamente insana quando discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.

Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá — digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa por ela e por mim e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho esse que é o mais maravilhoso dos chamados; esse presente abençoado de Deus, que é ser mãe.

Autor Desconhecido

terça-feira, 19 de março de 2013

Salve Simpatia !

Domingo passado fomos tomar sorvete. Nós duas.
Uma farra só!

Você saiu andando entre as mesas, fazendo amizades. Voltava até a nossa mesa e tomava um pouco do sorvete. Descia da cadeira e lá ia você de novo passear pela sorveteria.

Tomamos nosso sorvete e, ao pagar me despedi do moço do caixa. Você, atenta que só, repetiu o gesto dando um "táo" pro moço.
Mas não bastou. Afinal de contas, já tinha feito amigos ali. Então deu "táo" de mesa em mesa...e ainda mandou beijos pra todos.

Pura simpatia!

segunda-feira, 18 de março de 2013

P de papai, M de mamãe e C de...neném!


Essa semana você está falando mais palavrinhas...e olha só! Você está reconhecendo algumas letras!
P de papai, M de mamãe, C de "neném"!!!
E todos os objetos que se parecem com a letra P você logo corre, mostra e fala: "Papai!!!"

Foi a vovó Regina que te ensinou a reconhecer essas letras.

E por falar em "papai", essa é sempre sua resposta quando a gente te pergunta: "Você sonhou essa noite com o que, Catarina?"
Quando você respondeu isso pela primeira vez nós rimos muito! Acho que você achou interessante e continuou repetindo...

Os sonhos agora começaram a acontecer com mais frequência. Principalmente os pesadelos...
E a mamãe fica com muita peninha de você! 
Noite passada foi um chororô danado na madrugada...levei você pra minha cama até você se acalmar, mas acabei dormindo. Aí quem teve pesadelo fui eu! Escutei um barulho e acordei atordoada, te chamando e procurando você pela cama. Que sufoco! Te achei dormindo no chão, toda encolhidinha! Caiu da cama e continuou dormindo no chão... Ô gente...